terça-feira, 8 de maio de 2007

O Pi e as suas maravilhas...



Com o propósito de tirar uma dúvida a um amigo Geocacher mergulhei, uma vez mais, no mundo fascinante do π (pi). E se, dois posts abaixo, eu apregoava que a vida era feita de momentos, agora a tese fica provada.

π é um número irracional, isto é, não pode ser expresso como a razão entre dois números inteiros naturais. A irracionalidade de π foi demonstrada em 1761 por Johann Heinrich Lambert. Além de irracional, π é um número transcendente, o que foi provado por Ferdinand Lindemann em 1882. Isso significa que não existe um polinómio com coeficientes inteiros ou racionais do qual π seja uma raiz. Como resultado disso, é impossível exprimir π com um número finito de números inteiros, de fracções racionais ou suas raízes.
A transcendência de π estabelece a impossibilidade de se resolver o problema da quadratura do círculo: é impossível construir, somente com uma régua e um compasso, um quadrado cuja área seja rigorosamente igual à área de uma determinada circunferência. -
in Wikipédia.


O primeiro grande encontro que tive com π foi, precisamente, num trabalho realizado para uma cadeira da Faculdade, Aspectos Fundamentais da Matemática, onde apresentei um trabalho sobre a quadratura do círculo (ou a impossibilidade dela).

O segundo encontro ocorreu no primeiro ano que dei aulas. Com apenas 23 anitos, fui colocada numa escola que servia miúdos de um nível sócio-cultural e económico muito baixo. A Matemática era, portanto, aquela disciplina para a qual (palavras deles) “nem valia a pena olhar”. Ainda assim, não faltavam muito. Eram insuportavelmente indisciplinados. Sem experiência, quase desesperava com eles. (Fica aqui a ressalva de que sabiam ser uns doces, quando queriam).

Quando me apercebi de que tinha de lhes introduzir o número π resolvi fazer uma experiência e levei-os para a rua (leia-se recreio da escola). Fomos todos descobrir o π.
Canteiros redondos, bancos redondos, tudo que encontrassem com uma circunferência (até foram à cozinha buscar pratos e copos...). A coisa pegou e, de quando em vez, fazíamos uma aula de rua. Falei com o Delegado de Grupo e resolvi apostar nas mini-fichas, comprometendo-me a passá-los se cumprissem um objectivo mínimo. Acederam, desde que pudessem ter as tais aulas na rua. A fórmula consistia em dar a matéria e 15 minutos antes de saírem faziam uma mini-ficha com o que tinham acabado de aprender (obviamente que não era diário). Obrigava-os a estar com atenção. Já se faziam apostas sobre quem seria ou não capaz de passar a Matemática. E tudo isto provocado pelo π.

O π sempre me encantou e, anos mais tarde, uma colega de Faculdade ofereceu-me “O Encanto do Pi”, onde pude descobrir algumas histórias fantásticas.




Ficam os momentos e fica o convite para uma viagem ao interior do pi.

Divirtam-se.


( nota: Se carregarem em cima da figura têm som! ;) )

4 comentários:

Maríita disse...

O pi acompanhou-me no liceu e posteriormente na universidade, às vezes digo que a minha vida é uma m**** de pi ;)!

Beijinhos

Capitão-Mor disse...

Também gosto do perfume homónimo!
Episódio 2 da blogsérie@Lois blog...

CaCo disse...

Tem piada, não conhecia o perfume Pi. Fui fazer umas pesquisas e só descobri sites brasileiros a propagandear o dito perfume. Será que cá não há?... Quando for a uma perfumaria vou indagar.

Curioso... o meu próximo post é sobre cheiros... coincidência?

APC disse...

Divertido! :-)
A minda data de nascimento foi Encontrada na 175028311 posição decimal de PI, eheheheh.

Deixo-te o Pi e as Pirâmides:

http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/pyramidpi.htm

E um abraço! :-)