segunda-feira, 5 de março de 2007

O baú da memória [1]

(Fri - Macau(1976))

Nos últimos tempos, e por razões várias, tenho tido reencontros comigo mesma. Não foram poucas as vezes que me cotejei em discussões familiares por não me lembrar deste ou daquele episódio. Achei que tinha criado, por defesa, um sistema de filtragem na minha mente para apagar o que, provavelmente, não seria absolutamente necessário para a minha sobrevivência. Há coisas de que nunca falo, há coisa de que não quero falar, há coisas que recordo vagamente e outras há que não recordo em absoluto.

O meu pai resolveu digitalizar toda a memória fotográfica da família. Presenteia-me, de quando em vez, via e-mail, com essas vivências esquecidas. Curiosamente sou assaltada por flashes de uma vida quase desconhecida, de tão perdida que estava no espaço da memória. Descobri que possuía um baú de memória do qual, por contingências da vida, tinha perdido a chave (ou o paradeiro do baú? …).

4 comentários:

Capitão-Mor disse...

Viveste em Macau? Fantástico! Foi um território que sempre fez parte do meu imaginário e tenho muita pena de não o ter visitado sob a administração portuguesa.

APC disse...

Que nesse baú estejam apenas as melhores memórias, desejo eu! :-)
Pela foto, distamos, se tanto, uns cinco anitos! :-)
Um grande abraço.

Maríita disse...

Estou convencida que só nos lembramos do que necessitamos, as restantes memórias ficam em stand-by para ocasiões especiais.

Beijinhos

CaCo disse...

maríita: Acho que tens razão... e eu que já achava que estava com uma doença má... ahahah